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Acampamento Velho (ou Serra Baberaquá)

Serra nos municípios de São Gabriel, São Sepé, Lavras do Sul e Caçapava do Sul, sendo uma ramificação da Serra do Herval. Denominação vem de antigo “quartel de inverno” de tropas farroupilhas.

Área

A área (ou superfície) total de Lavras do Sul/RS é, segundo o IBGE (2022) de 2.600,9 km² (publicações diversas apontam entre 2.600 km² e 2.680 km²). Em hectares, são 260.900 ha. O Primeiro Distrito (Sede) tem 1.260 km² e o Segundo Distrito (Ibaré), 1.341 km². Corresponde a 0,9% do território do Rio Grande do Sul. Considerando a área municipal, é maior do que Porto Alegre e mais 18 capitais brasileiras. É o 20º maior município gaúcho em área e o maior do Estado com menos de dez mil habitantes.

Arroio Espinilho

Com corrente tímida cristalina, é afluente do Estaqueador.

Arroio Ibaré

Tributário do Jaguari, passa junto à zona urbana do Segundo Distrito, com abastecimento de Pipas e uma ponte regular.

Arroio Cambi

Tributário do arroio Taboleiro, dividindo Lavras do Sul de Bagé.

Arroio Imbicuí

Tributário do Camaquã-Chico, corta os campos da região da Mantiqueira.

Arroio Jaguary

Também denominado Pirajacá, nasce na Coxilha Geral, com as cabeceiras à altura de João Câncio e Três Estradas. Recebe vários e pequenos cursos d’água, direção leste-oeste e dividindo Lavras do Sul de São Gabriel, desembocando no Rio Santa Maria. Também apresentou registros de Pirajaçanã e Jaguari-Mirim.

Arroio Maricá

Divide Lavras do Sul de Caçapava do Sul, tributário do Camaquã e do América.

Arroio Salsal

Tributário do Jaguari (6 km de extensão), citado pelo ilustre escritor Alcides Maya.

Arroio Salso

Tributário do Jaguari, banhado do Salso e proximidades. Localizado no Segundo Distrito.

Arroio do Tabuleiro

Nasce na Coxilha do Taboleiro e é tributário do Camaquã-Chico, próximo aos Três Passos.

Arroio Taquarembó

Tributário do Santa Maria, que nasce em Bagé (origem do nome vem do tupi-guarani. Também divide Lavras do Sul de Dom Pedrito (o afluente se chama Taquarembozinho).

Arroio das Canas

Tributário do arroio Jaguari.

Banhado dos Correa

Zona que apresenta água estagnada, com cobertura de vegetação. Tem esta denominação por conta dos moradores pioneiros do local, que está situado entre o Arroio Jaguari, Passo da Tuna e Tabuleiro.

Banhado do Salso

Junto ao Jaguari, tem de 300 a 400 metros de largura, estendendo-se ao longo do arroio do Salso, por cerca de meia légua. Em chuvas fortes, é quase intransitável, sendo possível até nadar nele.

Barro Vermelho

São duas zonas, uma junto à sede municipal (saída para o Ibaré, Jaques, próximo ao Parque do Sindicato Rural de Lavras do Sul) e outra próxima às Três Vendas. Faixas de terrenos de cor avermelhada, com teor alto de argila, dão origens às localidades assim denominadas.

Batovi 

Cerro situado no município de São Gabriel (ponto mais elevado do município vizinho). A Serra do Batovi se espalha por Lavras do Sul e São Gabriel.

Boa Vista 

Localidade e estância próxima ao Ibaré.

Camaquã

Antigamente, os mapas gaúchos apresentavam diversas denominações do Camaquã. O nome é vem do tupi-guarani (icabaquã: olhos d’água – orifício do seio – rio das tocas). Vários afluentes são vertentes do Rio Camaquã, que tem 420 km de curso, até desembocar na Laguna dos Patos.

Camaquã-Chico

Importante tributário nascido na Coxilha de São Sebastião. Divide Lavras do Sul de Bagé. Forma uma junção com outros tributários (Maricá, Macedos e Jaques – dando origem ao Camaquã do Hilário, limite Lavras do Sul/Caçapava do Sul.

Camaquã do Hilário

Nome surgido a partir de um antigo morador do passo. Ganhou citação durante a Revolução Farroupilha, em documento datado de 1842. 

Camaquã dos Macedos

Curso d’água que percorre os campos que pertenceram ao Visconde do Serro Formoso (Tem. Cel. Francisco Pereira de Macedo.

Camaquã do Jacques

Percorre uma região de sesmaria, requerida por João Guilherme Jacques, em 1811.

Camaquã Pelado 

Com nascentes em São Gabriel, a maior parte de suas margens são desprovidas de mato, daí a sua denominação.

Camaquã da Nazária

Tem o nome por conta de Maria Nazária, primeira moradora da região, uma ponta do Camaquã do Jacques.

Camaquã de São Domingos 

Origem de Domingos Rodrigues Nunes, que recebeu uma sesmaria na região, em 1829, além de invocação do nome de santo da mesma denominação.

Camaquã-Grande

Denominação vulgar do Arroio Camaquã-Chico.

Camaquã das Lavras

Nasce na Coxilha da Meia Lua e corta a Sede Municipal, com mais de 30 km de extensão.

Cabanha Maria

Estabelecimento pastoril do município, de propriedade de sucessão do Dr. Leopoldo Pires Porto, em que foi instalado um dos primeiros banheiros de eliminação de carrapatos do município, além de estrutura de reprodução e importação de gado, chegando a ser referência regional.

Caleira 

Conhecida também como Caieira Cel. Linhares, tem um local de forno para processamento do calcário. Localiza-se no Segundo Distrito.

Campos dos Maya 

Localiza-se no caminho entre Lavras e São Gabriel.

Cancha do Barro Vermelho

Neste local, antigamente, era uma carreira. Se localiza-se próxima à zona urbana.

Cardosa

Localizada entre Lavras do Sul e Bagé, presume-se que os campos foram ali denominados graças à Dona Maria Cardoza Soares, moradora que contribui com novilhos para pagar as despesas da Guerras dos Farrapos.

Casa de Cultura José Néri da Silveira

A Casa de Cultura José Néri da Silveira teve sua inauguração em 14/09/1991. Localiza-se na Adão Teixeira da Silveira, 400, Centro, e sua construção é de 1910. Já foi sede da Prefeitura Municipal entre os anos 1960 e 1980 e abriga a Biblioteca Municipal Professora Anita Medeiros. Um grande acervo histórico do Município, com objetos e fotografias, é encontrado no local.

Cerrito

Ou também Cerrito de Ouro, próximo à cidade. Há ainda vestígios de antigas escavações de ouro.

Cerro Branco

Propriedade da família Souza, próximo à estrada Lavras/Bagé; nome originado pela grande ocorrência de amianto.

Cerro dos Burros

Primeira e antiga denominação do Cerro Formoso.

Cerro do Diabo 

Próximo ao Rincão do Inferno, tem uma passagem incômoda e difícil em dias de chuva.

Cerro Formoso

Batizado por D. Pedro II em 1865, que visitou o Sr. Cel. Francisco Pereira de Macedo. É uma elevação que se avista em frente à Estância do Cerro Formoso.

Cerro do Padre

Localizado junto ao Rincão do Inferno, com nome de origem dos padres jesuítas que outrora habitavam a região.

Cerro Partido

Elevação avistada a frente da Estância das Cordilheiras, de propriedade do Sr. José Donairo Teixeira.

Cerro do Tigre 

Ramificação da Serra do Batovi, localizado a poucos quilômetros da Sede Municipal. Pertence à família Souza.

Climatologia

O clima é subtropical úmido, com as quatro estações do ano bem definidas, verões e invernos bem rigorosos (no verão, as temperaturas podem chegar próximas dos 40ºC, e no inverno, as médias são de 6ºC a 12ºC, podendo chegar facilmente a 0ºC, com grande ocorrência de geadas). Anualmente, em média, são registradas de 15 a 30 geadas no território lavrense. Em julho de 1994, Lavras do Sul teve o seu maior registro de neve da história.

No Município existe uma pluviosidade significativa ao longo do ano. Mesmo o mês mais seco ainda assim tem muita pluviosidade. Sobre as temperaturas, a média anual é de 18°C, e a pluviosidade média anual é de 1408 mm.

Dezembro é o mês mais seco, com 96 mm. Em setembro cai a maioria da precipitação, com uma média de 135 mm. Janeiro é o mês mais quente do ano com uma temperatura média de 23°C. Ao longo do ano, junho tem uma temperatura média de 13,3°C, sendo a média mais baixa do ano.

O engenheiro agrônomo Luiz Fernando Saraiva de Souza (Nanana) mantém, na propriedade da Chácara do Laranjal, próxima à Sede Municipal, um espaço para a medição da pluviosidade (volume de chuvas), cujos resultados são bastante divulgados pelos órgãos locais de mídia. A Rádio Pepita FM também contribui com o fornecimento de informações meteorológicas, transmitindo a cada meia hora, nos intervalos comerciais de sua programação, dados sobre a temperatura no momento na cidade.

Extremos na pluviosidade nos últimos anos em Lavras do Sul. Nos últimos anos, estão mais comuns em Lavras do Sul os extremos de chuva, com irregularidades nos volumes e períodos alternados de muita chuva ou de uma grande falta de chuvas.

No século XXI, pelo menos dois períodos de estiagem afetaram Lavras do Sul, com consequências na agropecuária e na vida da população: entre 2010 e 2013 e entre 2021 e 2023.

Após cerca de dois anos de estiagem (2021 e 2022), por influência da fenômeno “La Niña” (esfriamento das águas do Oceano Pacífico, no litoral do Peru, que provoca seca no sul do Brasil e chuvas excessivas em outras regiões do país), o Rio Grande do Sul e também Lavras do Sul agora (2023) tem a influência climatológica do “El Niño” (o oposto do “La Niña”, formando um grande volume de chuvas no sul e seca na Amazônia e Nordeste). Com isso, em setembro de 2023, até o dia 27/09/2023, foram registrados 606 mm no município, de acordo com a coleta na Chácara do Laranjal, de propriedade do sr. Luiz Fernando Saraiva Souza (Nanana), superam o mesmo mês em 2001 (441 mm, antigo recorde em 41 anos).

Companhia de Danças de Lavras do Sul 

Segundo a página do Facebook: Em 01/12/1995 surgia em Lavras do Sul a Companhia de Dança de Lavras do Sul, entidade voltada ao Folclore Gaúcho, Latino-Americano e Brasileiro. Ganhou força e ficou conhecido regionalmente até chegando ao convite pra um "TOUR" na Europa. Teve em sua história uma pausa que quase gerou sua dissolução, mas em novembro de 2010 reabriu seus trabalhos, ainda em reconstrução, hoje somos umas das mais reconhecidas entidades de nossa cidade e região.

Cordilheiras

Pequena cadeia de morros, localizada entre os Camaquã América, dos Macedos e Maricá.

Corredor do Tira-Ceroulas

Localizado no Segundo Distrito, corredor que vai até a localidade de Três Estradas.

Coxilha de São Sebastião

Estende-se pelo município de Lavras do Sul, até ser denominada como Coxilha do Taboleiro.

Coxilha do Maricá 

Situada nos limites com Caçapava do Sul e São Sepé, tem grande extensão. Abriga a nascente do Camaquã América (um dos formadores do Rio Camaquã). Caracteriza-se pelo formato dorsal e já abrigou um antigo cemitério.

Coxilha do Barro Vermelho

Denominado entre as coxilhas do Tabuleiro e Três Passos.

Coxilha do Fogo

Encruzilhada na saída para Caçapava do Sul, indo para Vista Alegre, Rincão dos Rocha e arredores.

Coxilha do João Caminha

Nome oriundo de sesmaria pertencente ao Sr. Dalmiro Caminha. Localiza-se no Segundo Distrito.

Coxilha do Tabuleiro

Planalto raso e de terrenos arenosos, com vegetação rasteira e pouca presença de árvores. Com seu ponto mais elevado com formato semelhante a uma tábua, possui esta denominação. Surge a partir das pontas do Vacacaí, em São Gabriel.

Coxilha Seca

Nascida entre Lavras do Sul e São Gabriel, próximo ao Acampamento Velho e nascedouro de uma das ramificações do Rio Camaquã, o Camaquã Pelado.

Curva do Umbu

Na parte suburbana de Lavras do Sul, saída para Caçapava do Sul.

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